Fogo
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Simplesmente fantástico, desde que entramos num ambiente que sentimos o calor de uma lareira já ligada há muito tempo, ao serviço acolhedor que nos re…
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Não foi o arranque triunfal que se esperava na maratona restaurativa de 2020, mas também nada que desmereça por aí além. A premissa era boa: conhecer …
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Quem conhece bem e frequenta a zona das avenidas novas acompanhou a enorme evolução destes últimos 4/5 anos, com a abertura de dezenas de novos negóci…
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Fogo is open for Casual Dining. Fogo serves Author dishes. Incorrect or missing information? Make a report, or claim the restaurant if you own it!Details
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4 Reviews on “Fogo”
Simplesmente fantástico, desde que entramos num ambiente que sentimos o calor de uma lareira já ligada há muito tempo, ao serviço acolhedor que nos recebe. A comida é sublime, a raia como recomendava estava deliciosa, como tudo o resto. O cocktail das cinzas é qualquer coisa de fenomenal. A decoração do espaço tem muito a ver com o conceito do Fogo, parece muito escuro mas combina na perfeição, muito bonito. O pão que se faz naquela casa é fenomenal. Uma abertura muito esperada que não defraudou, certamente a repetir para provar mais elementos da carta.
Não foi o arranque triunfal que se esperava na maratona restaurativa de 2020, mas também nada que desmereça por aí além. A premissa era boa: conhecer o novo projeto do chef Alexandre Silva. O conceito aqui é fire dining, moda que tem feito – e vai continuar a fazer – o seu caminho aquém e além-fronteiras. (Nota: felicitar o Rei dos Frangos da Pontinha por ter sido trendsetter vai para mais de 30 anos). Primeiro, o espaço. Vulcânico, escuro, lenhas, ferros, rocha, calor, tudo numa conjugação muito harmoniosa e bem conseguida, assim um look homem das cavernas chique. Para começar, os cocktails de assinatura. Um dos pontos altos da noite, magníficos, inventivos, um triunfo. E o que é melhor, servidos e explicados por quem por eles revela um entusiasmo contagiante. Pena que ao resto do serviço tenha faltado a mesma paixão… (saudades do Loco que tem, para mim, a melhor sala de Lisboa). De entrada, berbigão no forno com molho à Bulhão Pato. Ao berbigão faltou lume e ao molho, uma aguadilha ralinha, ralinha, faltou sabor e consistência. Para esquecer. Os principais foram uma boa posta de rodovalho, daquelas com espinha – que filete é para meninos – que mesmo assim não lhe preservou grande suculência, com batatas, espinafres, e um molho de manteiga e alho simplesmente divinal. Seguiu-se o borrego, também ele um pouco seco, com arroz de forno, ambos saborosos. Para sobremesa, uma tarte de maçã perfeitamente olvidável, não fora o facto de o gelado que a acompanhou ter um inusitado sabor fumado, e um belíssimo pão de ló de alfarroba, outro dos pontos altos da noite.
Quem conhece bem e frequenta a zona das avenidas novas acompanhou a enorme evolução destes últimos 4/5 anos, com a abertura de dezenas de novos negócios, principalmente a nível da restauração. Se há poucos anos as boas referências nesse nível eram muito poucas, neste momento a oferta é enorme e a qualidade aumentou. Isto por si só é óptimo mas tem um ponto negativo, que é o facto de cada vez mais se perder o tradicional e original, as pequenas tascas e pequenos restaurantes de comida caseira e tradicional dão cada vez mais lugar ao ‘franchisado’ ou a comidas internacionais. O fogo vem dar um ponto de viragem nisso, e um aplauso de pé ao Chef Alexandre Silva por isso. Por ir buscar os melhores produtos a pequenos produtores, não só pela qualidade como pela tradição, incentivando a agricultura portuguesa. Quem como eu teve a sorte de crescer com memórias de comer produtos e pratos tradicionais, com produtos directamente na horta, em fogões de lenha e está habituado a lareiras grandes, vai com certeza identificar os sabores, quer de um simples feijão guisado, quer de uma pão acabado de fazer. Ainda mais mágico é certamente para quem não teve/tem a sorte de já conhecer e apreciar esses sabores e cheiros, como aconteceu com um amigo que foi comigo e saiu de lá fascinado com a alface, com sabor mesmo a alface! Não é fascinante quando vamos a um sítio e um simples sabor de uma alface faz a diferença? Quem já conhece a cozinha do Chef Alexandre Silva vai seguramente ultrapassar as expectativas altas que já trás, até por este projecto complementar fora da ‘sua caixa’. Desde o pão quentinho do forno de lenha, ao café tradicional de cevada, tudo aqui é tradicional e já me fez voltar mais que uma vez porque de facto a carta apesar de não muito grande nos faz sair de lá com vontade de provar tudo o que não conseguimos! O único ponto negativo é que se sai de lá a cheirar imenso a fumo, mas não faz também isto parte da experiência? Assim que se entra a sala preta onde sobressai a lenha que forra toda a parede e a cozinha cheia de chamas ao fundo, tudo ali nos faz entrar num cenário a parte. E o próprio cheiro de fumo e lenha que levamos dali faz com levemos um bocadinho daquilo também connosco. E já que tudo hoje em dia vira tendência, que isto seja um ponto de viragem na restauração para que os Chefs comecem a procurar também o que é tradicional e nosso e não deixem morrer estes sabores, cheiros e tradições. E claro, para que ajudem e incentivem também os pequenos produtores e a agricultura nacional. Bravo Chef Alexandre Silva, e parabéns a toda a equipa e todos que fazem parte deste projecto incrível.
Começamos a experiência ainda antes de entrar. A fachada espelha já o ambiente conceptual que se sente no interior. Tudo preto! Bom, quase tudo. Sente-se o cheiro a fumado e o olhar é captado pela cozinha mais iluminada, o centro da ação, com destaque para o forno a lenha e a grelha com peças de carne penduradas, que vão desaparecendo em função da necessidade da cozinha. Das várias opções, destaco a entrada Parfait de porco com tangerina, que é absolutamente divinal. Dos pratos ptincipais destaco a Raia, e a Costeleta. No geral é tudo delicioso! Por vezes tive de pedir que servissem mais vinho. Os funcionários necessitam ainda de alguma coordenação, mas é normal para um restaurante que acabou de abrir. A repetir!